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Acredito que um blog legal é aquele que te ensina algo, que te faz viajar, que fala sobre: lugares, pessoas, culturas, montanhas, preservação da natureza, ... Espero que você goste dos textos que escrevi, interaja com o conteúdo, deixe um comentário, opinião ou sugestão e se anime a contar as suas histórias também.

quinta-feira, 13 de julho de 2000

Dedo de Deus.

06:00 - Acordamos, tomamos café e, sem demora, pegamos as mochilas e saímos para o nosso primeiro dia de escalada. Levamos somente o necessário para a escalada: equipamento básico, lanche, água, anorak, câmera fotográfica, kit de primeiros socorros e rádio VHF. Céu azul e sem nuvens - o dia promete!07:00 - Na avenida paralela a rua do hotel pegamos o ônibus Soberbo que, mais tarde, nos deixaria próximos ao Centro de Informações Turísticas - CIT. Localizado perto da entrada da cidade, possui uma das melhores vistas da Serra dos Órgãos e fica a uns 10 min. de caminhada do início da trilha do Dedo.
08:00 - Do CIT seguimos pelo acostamento da estrada até uma espécie de santuário construído em uma das curvas da serra. Há aproximadamente 250m da Santinha, ainda descendo a serra, existe um sumidouro de água. É neste local que inicia a trilha de acesso ao Dedo de Deus.
10:00 - Após a ascensão da trilha e vencidos os incontáveis metros de cabo de aço que facilitam o trabalho, chegamos no início da via Leste (5ºa). Encontramos 4 escaladores de Petrópolis na nossa frente. Descansamos alguns minutos, nos equipamos e começamos a escalar.14:00 - Cume! Cume! Cume! Após 4 horas escalando diedros, fendas, chaminés e rebocando as mochilas chegamos ao topo do Dedo de Deus. A temperatura estava agradável e a densa neblina, imperceptível durante a escalada, não tirou a emoção da chegada. Marcos, completamente extasiado, fazia transparecer sua alegria em ter escalado mais uma montanha. Naquele momento me senti um ser superior e agradeci a Deus por trabalhar com este fantástico esporte. Logo sentamos, aliviamos os equipamentos, tiramos fotos, comemos e bebemos algo. Pelo rádio pude fazer contato, através das freqüências 146.740 e 145.810 MHz, com o amigo Cezar (PY1PMT) de Teresópolis que nos avisou para descermos rápido que o pessoal da meteorologia estava prevendo chuva - e ela veio mesmo!
15:00 - Assinado o caderno de cume, inicia-se uma chuva fraca e intermitente. Resolvemos descer pela via Teixeira (a via da conquista de 1912), pois é mais segura (foi regrampeada) e facilita o rapel. Com apenas 3 enfiadas (duas de 40m e uma de 20m) já estávamos no início da trilha de descida. Agora o que caía do céu era água mesmo!18:00 - Após o rapel, as seqüências de cabos de aço e a caminhada abaixo de mau tempo, voltamos à civilização. Já era noite, nossas lanternas de cabeça funcionaram como nunca. Mais uma vez obrigado Petzl! Como ninguém dá carona para dois sujeitos molhados às 19:00 da noite, tivemos que caminhar até o CIT para pegar o ônibus de volta à Teresópolis.
20:00 - De volta ao hotel, aproveitamos o banho quente, trocamos de roupa e sentamos para bater papo sobre a nossa escalada. Foram 10 horas na montanha! O Marcos se deu bem e gostou muito! Logo saímos para jantar. Desta vez espaguete a bolonhesa gratinado no restaurante Taberna Alpina (Duque de Caxias, 131, fone: 0xx21-742-0123). Sugestivo nome!

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