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quinta-feira, 22 de julho de 1999

Macchu Picchu

Antes mesmo de amanhecer, tomamos café e desmontamos nosso bivaque. Vestimos nossas mochilas e de lanterna na cabeça, nós e mais 50 pessoas, silenciosamente, caminhamos até a Porta do Sol. Parecia que, naquele momento, estávamos participando de um ritual. Após 1 hora de caminhada chegamos. Neste local, pessoas de várias as línguas, raças e crenças se reúnem e aguardam o sol nascer e mostrar a todos a esperada cidade - Machu Picchu, que agora estava bem a nossa frente. O dia amanheceu frio, mas assim que os primeiros raios do Sol atravessaram o portal e avistamos Machu Picchu, o momento foi fascinante e de indescritível beleza. Ficamos observando até que o Sol nos aquecesse e cobrisse toda a cidade. Só então começamos a descer em direção a Machu Picchu, que agora ficava a uns 15 minutos descendo pela trilha. Não é permitido entrar em Machu Picchu com mochilas. Nossas companheiras de viagem teriam que ser deixadas num local apropriado e seguro, onde todas os montanhistas e turistas deixam suas bagagens - pagamos um dólar pelo serviço. Em Machu Picchu existe uma bem organizada infraestrutura. O parque conta com: bares, restaurantes, posto médico e ônibus que, a toda hora, levam e trazem da estação de trem, pessoas que fazem a trilha ou que só querem visitar Machu Picchu. Os administradores do parque tomaram todas as providências para que, mesmo com a exploração comercial, a cidade permanecesse protegida. A energia do local é muito forte. A construção das casas, a arquitetura, as áreas agrícolas, os locais sagrados, assim como as fontes e dutos de água cuidadosamente projetados para irrigar toda a cidade estão lá até hoje funcionando. Realmente é muito difícil descrever o clima do local e a beleza que, mesmo depois de descoberta pelo homem, ainda permanece na cidade. Após andarmos por todos os cantos e tirarmos muitas fotos chegou a hora de partir. Decidimos descer até Águas Claras, um pequeno vilarejo de onde sai o trem que nos levaria de volta a Cuzco. Depois de uma hora em um micro-ônibus, chegamos a estação. Compramos as passagens e ficarmos mais de uma hora esperando o trem. Na volta constatamos que a viagem de trem é muito bonita e que vale mais a pena ir até a entrada do parque por este meio do que alugar outro veículo. Chegamos em Cuzco a noite. Nosso principal objetivo era descansar e comer algo especial. Resolvemos ficar mais dois dias nos perdendo pela cidade, fazendo compras, visitando museus e absorvendo o máximo de cultura que a ela poderia nos oferecer. Cuzco possui uma característica bem particular. Mesmo passando por muita dificuldade econômica e grande desigualdade social, o povo é muito alegre e hospitaleiro

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