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segunda-feira, 19 de julho de 1999

Pé na trilha.

Eram 7:00 da manhã quando o motorista da caminhonete veio nos buscar no hotel, onde já aguardávamos com ansiedade. Depois de colocarmos todas as mochilas, mais uma vez sobre o carro, partimos para a Trilha Inca.
ATÉ QUE EM FIM!
O caminho é, lindo! Passamos por varias colinas de onde avistamos grandes montanhas nevadas e o trem, lá no fundo do vale, levando os turistas até a entrada do parque. Depois de quase duas horas de asfalto, chegamos até uma estrada de chão batido e foi aí que arrependemos. Nosso motorista disse que a van não poderia mais passar devido ao mau estado da estrada e que o jeito era seguir o resto do caminho a pé. Após descarregarmos, o motorista deu meia volta e retornou a Cuzco. Demorou um pouco, mas logo descobrimos que tínhamos sido enganados e que faltava muito caminho ainda até a entrada do parque. Para nossa surpresa, logo conseguimos carona em um caminhão que nos deixou na entrada do parque. Mais uma vez, colocamos as mochilas nas costas (cada uma com aproximadamente 20 Kg) e começamos a nossa peregrinação.
No interior do parque cruzamos o rio Urubanba exatamente no mesmo ponto onde Hiran Bingan (1912) iniciou sua busca à cidade perdida de Machu Picchu. Logo ficamos impressionados com a quantidade de pessoas que se preparavam para a caminhada. Grande parte delas sem mochilas, pois quem as levava eram os carregadores da região. O dia estava perfeito, temperatura em torno dos 20ºC. Logo todos os grupos, cada um em seu ritmo, começaram a se distanciar. Nós, mesmo estando todos bem carregados, passamos por quase todos os grupos mais lentos que estavam a nossa frente. A trilha é muito bem marcada e não há hipótese de alguém se perder. Nesse primeiro dia logo avistamos a ruína de Pattalacta e, após mais 5 horas de caminhada, chegamos ao acampamento 1, denominado Wayllabamba. Um pequeno vilarejo onde, até hoje, existem algumas casas de descendentes dos incas que trabalham na lavoura e transporte de equipamentos para os turistas. Logo começamos a montar nossas barracas. Crianças se aproximavam para conseguir qualquer coisa que poderíamos dar. Contraste. Montamos rapidamente o acampamento, aproveitamos para descansar e observar o restante do pessoal que chegava.

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